O Grupo Safira faturou R$ 1 bilhão em 2022 e a companhia lançou duas plataformas digitais, disponíveis no modelo SaaS (Software as a Service) para apoiar os consumidores em todas as etapas de compra e venda de energia, e na gestão de contratos no mercado livre ou ambiente de contratação livre (ACL).
Segundo o CEO do Grupo Safira, Mikio Kawai Jr, a companhia é protagonista da intersecção entre o ecossistema de energia e de inovação no Brasil. Entre os fatores que contribuíram para o avanço dos resultados e do valuation do grupo em 2022 estão a inovação no modelo de negócio de comercialização no varejo, seja geração distribuída, seja no mercado livre, novos serviços aos clientes e certificação de impacto ambiental. Em torno de 40% dos resultados são investidos em inovação, tecnologia e geração qualificada de vagas. No último ano, mais de 22% de investimento foi em tecnologia. Embora o grupo detenha parques de geração, a estratégia é estar em linha com o estado da arte mundial: asset light. “Nosso propósito é ajudar as pessoas a economizarem, pelo menos, 10% da conta, consumindo energia limpa e, por meio, digital” , disse.
Seguindo seu plano de crescimento, o Grupo Safira aumentou seu número de clientes em 21%, entre 2021 e 2022. Nos últimos cinco anos, entre 2018 e 2022, a companhia teve um crescimento de 53% no número de clientes. Outro índice que reforça o movimento de expansão da empresa é o aumento do número de colaboradores. Em 2019, o Grupo tinha 40 funcionários, mas fechou 2022 com 112, um crescimento de 180% na criação de novos postos de trabalho.
Além disso, um dos objetivos do Grupo Safira é ampliar sua oferta de energia para outros grupos de consumidores, um dos fatores que viabiliza tal oferta é a expansão do mercado livre para toda alta tensão, a partir de 2024.
Os consumidores do grupo A, composto por unidades consumidoras (UC) que recebem energia elétrica em tensão igual ou superior a 2,3 kV, poderão consumir energia elétrica com uma economia de até 30%, a partir de janeiro de 2024, estão enquadrados neste grupo médias e pequenas indústrias e estabelecimentos comerciais. O que antes era restrito a empresas de grande porte e alta demanda de consumo de energia, será ampliado a todos consumidores que estejam na alta tensão. Isso faz parte da abertura do Mercado Livre de energia elétrica.
Atualmente a comercialização e distribuição de energia elétrica é feita por concessionárias, que possuem o monopólio do mercado em suas áreas de atuação. A abertura do mercado permitirá que os consumidores, empresariais cativos, possam escolher seu fornecedor e a fonte de consumo, podendo optar pelo consumo de energia de origens renováveis.
A abertura do mercado deve estimular o surgimento de novas empresas de geração e comercialização de energia elétrica. Isso contribui para o desenvolvimento de fontes de energia renovável, permitindo aos consumidores a possibilidade de optar por fornecedores que utilizam essas fontes, além disso é viável ter uma melhor previsibilidade do quanto irá pagar pelo fornecimento de energia.